2021-12-01 12:23:29.0
Pesquisa da UFSCar investiga confiança seletiva e impacto das interações parentais
Estudo convida pais e mães cuidadores e seus filhos para responderem questionários
Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando a interação entre pais e mães cuidadores e seus filhos, para entender como a criança desenvolve a habilidade de confiança seletiva em uma situação de aprendizagem nova.
"Confiança seletiva é a habilidade de crianças e adultos de escolher, em uma situação nova de aprendizado, qual é o informante mais acurado para obter aquela informação", define o pesquisador Pedro Carrara de Oliveira, aluno do curso de Psicologia da UFSCar. O objetivo é verificar se existe correlação entre a habilidade de comunicação e de divisão de tarefa dos pais e o desenvolvimento da confiança seletiva em crianças de 4 a 6 anos de idade. Para isso, o estudo pretende contar com a participação de crianças de 4 a 6 anos de idade, assim como a de seus pais/mães ou responsáveis legais para uma coleta de dados, que será feita totalmente online.
De acordo com o pesquisador, não há estudos brasileiros investigando coparentalidade e confiança seletiva. Oliveira explica que "a coparentalidade é definida pela relação que os pais constroem no sentido exclusivo de cuidar uma criança. Neste estudo, não estamos avaliando necessariamente os estilos parentais, mas, sim, a qualidade da comunicação que os cuidadores têm entre si, estritamente no que se refere ao cuidado com a criança".
São fatores considerados na coparentalidade, por exemplo, a clareza com que um dos cuidadores expõe suas necessidades/vontades/insatisfações; ou o quanto um dos cuidadores reconhece o valor da paternalidade do companheiro ou companheira; como o casal se comunica pra atender às necessidades da criança; como os cuidadores lidam com estresse e a qualidade da escuta promovida pela dupla parental.
"A coparentalidade exclui, portanto, a relação que os pais têm entre si, num sentido romântico - a conjugalidade. Mas inclui, por outro lado, até mesmo a relação que a dupla parental tem com suas discussões; se dizem coisas cruéis um para o outro na frente da criança; se os objetivos do casal com relação à criança estão alinhados; questões a respeito do estresse e de trabalho etc.", detalha Oliveira.
A pesquisa, intitulada "Coparentalidade e o desenvolvimento da cognição social em pré-escolares", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e conta com financiamento de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Voluntários
Podem participar da pesquisa pais e mães cuidadores e as crianças que estejam dentro da faixa etária desejada (4 a 6 anos) e que estejam sob a tutela de dois cuidadores.
Para manifestar interesse, os pais cuidadores devem preencher este formulário online (https://bit.ly/3paFY7B). Durante a pesquisa, os pais participantes responderão à Escala da Relação Coparental (ERC). Na sequência, será realizado o procedimento de confiança seletiva com a criança. Todas as etapas serão realizadas de maneira remota.
Saiba mais no vídeo de divulgação da pesquisa (https://bit.ly/3p8q1i7). Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente com o pesquisador Pedro Carrara de Oliveira, pelo WhatsApp (12) 98842-0942 ou pelo e-mail pedrocarrara97@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 27035119.0.0000.5504).
Contato para esta matéria:
Denise Britto Telefone: (16) 33066779
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