Manual aborda política usando linguagem para todos os públicos
Todas as pessoas fazem política, o tempo todo, só que nem sempre têm clareza sobre isso, afirma professor da UFSCar
Um livro sobre política, e não sobre um governo. É assim que o professor Vinício Carrilho Martinez, do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), define o seu livro "Manual de Autoajuda Política ou como ajudar você mesmo(a) na arena". A obra é gratuita e está disponível na Internet, no site da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), em http://eduepb.uepb.edu.br/e-books.
"Esse livro não foi pensado para especialistas em Ciências Sociais", destaca Martinez. "O objetivo principal é contribuir, exatamente, com quem tem interesse em política, mas que venha de outras áreas ou campos de formação - além do público em geral. Foi 'testado' em salas de aula, como subsídio de leitura em muitos cursos e em várias disciplinas; também tem uma publicação inicial em site de ampla consulta. Enfim, procuramos popularizar a discussão, porém, sem vulgarizar a elaboração conceitual", afirma.
O professor explica que o termo "arena" é usado no título da obra como "um recurso de linguagem, uma figura de linguagem, quase uma metáfora: um 'veículo de comunicação', um transporte público de significados. Essa é a própria tradução de 'metáfora', do grego. Com isso, quero dizer que, apesar da política ser uma arte, a arte do convívio e do convencimento, a política também é a arena em que se disputa o poder. Nem sempre a política - convencer ou vencer? - obedece a regras, nem sempre o debate ocorre entre adversários, como se fosse um palco; muitas vezes a disputa de poder se dá entre inimigos. Diria que poucas vezes nós teremos um palco, com apresentação de teses e réplicas. Na maioria das vezes, e no Brasil isso é muito claro, temos gladiadores lutando numa arena. A política é a arte do diálogo, porém, também é um jogo mortal".
Para o professor, o principal desafio para explicar política a diferentes públicos é a linguagem. "Comunicar-se de maneira clara, simples, direta, mas com o objetivo de transformar o senso comum", resume Martinez. "Todas as pessoas fazem política, o tempo todo, só que nem sempre têm clareza sobre isso. O desafio está em manter uma comunicação que considere conhecimentos, conceitos, história, porém, de forma a obter o maior alcance possível e com o objetivo de transformar o senso comum. O uso sistemático de exemplos é um recurso, uma técnica, que aprendi no magistério. Os ditados populares também, quando ajustamos seu sentido. O esforço está em traduzir conhecimentos técnicos para não especialistas. Quando você explica a uma criança de 12 anos o que é política, e ela entende, então o objetivo foi alcançado. Quem sugeriu isso, por exemplo, foi o filósofo Rousseau", completa o professor, que coordena também o Canal no YouTube "A ciência da Constituição de 1988", com cursos abertos e gratuitos.
O "Manual de Autoajuda Política ou como ajudar você mesmo(a) na arena" pode ser acessado em http://eduepb.uepb.edu.br/e-books. Mais informações sobre o livro podem ser solicitadas pelo Instagram @acienciadacf88 ou pelo e-mail canaldalcf88@gmail.com.
"Esse livro não foi pensado para especialistas em Ciências Sociais", destaca Martinez. "O objetivo principal é contribuir, exatamente, com quem tem interesse em política, mas que venha de outras áreas ou campos de formação - além do público em geral. Foi 'testado' em salas de aula, como subsídio de leitura em muitos cursos e em várias disciplinas; também tem uma publicação inicial em site de ampla consulta. Enfim, procuramos popularizar a discussão, porém, sem vulgarizar a elaboração conceitual", afirma.
O professor explica que o termo "arena" é usado no título da obra como "um recurso de linguagem, uma figura de linguagem, quase uma metáfora: um 'veículo de comunicação', um transporte público de significados. Essa é a própria tradução de 'metáfora', do grego. Com isso, quero dizer que, apesar da política ser uma arte, a arte do convívio e do convencimento, a política também é a arena em que se disputa o poder. Nem sempre a política - convencer ou vencer? - obedece a regras, nem sempre o debate ocorre entre adversários, como se fosse um palco; muitas vezes a disputa de poder se dá entre inimigos. Diria que poucas vezes nós teremos um palco, com apresentação de teses e réplicas. Na maioria das vezes, e no Brasil isso é muito claro, temos gladiadores lutando numa arena. A política é a arte do diálogo, porém, também é um jogo mortal".
Para o professor, o principal desafio para explicar política a diferentes públicos é a linguagem. "Comunicar-se de maneira clara, simples, direta, mas com o objetivo de transformar o senso comum", resume Martinez. "Todas as pessoas fazem política, o tempo todo, só que nem sempre têm clareza sobre isso. O desafio está em manter uma comunicação que considere conhecimentos, conceitos, história, porém, de forma a obter o maior alcance possível e com o objetivo de transformar o senso comum. O uso sistemático de exemplos é um recurso, uma técnica, que aprendi no magistério. Os ditados populares também, quando ajustamos seu sentido. O esforço está em traduzir conhecimentos técnicos para não especialistas. Quando você explica a uma criança de 12 anos o que é política, e ela entende, então o objetivo foi alcançado. Quem sugeriu isso, por exemplo, foi o filósofo Rousseau", completa o professor, que coordena também o Canal no YouTube "A ciência da Constituição de 1988", com cursos abertos e gratuitos.
O "Manual de Autoajuda Política ou como ajudar você mesmo(a) na arena" pode ser acessado em http://eduepb.uepb.edu.br/e-books. Mais informações sobre o livro podem ser solicitadas pelo Instagram @acienciadacf88 ou pelo e-mail canaldalcf88@gmail.com.
Contato para esta matéria: Denise Britto Telefone: (16) 33066779
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