2024-09-23 13:49:13.0

Pesquisa da UFSCar busca diagnóstico precoce e intervenções que retardem avanço do Alzheimer

Estudo convida voluntários, com e sem diagnóstico da doença, e seus cuidadores, para avaliação gratuita

O Laboratório de Biologia do Envelhecimento (LABEN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando pessoas - com mais de 60 anos, com ou sem queixas ou diagnóstico de Alzheimer - a participarem como voluntárias em estudo que integra esforços voltados ao diagnóstico precoce da doença e, assim, possibilidade de intervenções para retardar sua evolução. Especificamente, o estudo atual tem o objetivo de validar um biomarcador sanguíneo para detecção de Alzheimer e, para isso, precisa de pessoas voluntárias, com ou sem Alzheimer, que participarão de avaliação de Saúde gratuita, com coleta de sangue e exames cognitivos e funcionais. A equipe também analisa a sobrecarga sobre quem cuida de pessoas com Alzheimer e, assim, também convida cuidadores de pessoas que têm a doença à participação como voluntários na pesquisa.
As pesquisas são coordenadas por Marcia Cominetti, professora no Departamento de Gerontologia da UFSCar, e conta com a participação de outros docentes, estudantes e pesquisadores de pós-doutorado. O estudo atual é continuidade dos trabalhos para validação de um sensor eletroquímico para diagnóstico do Alzheimer, desenvolvido em parceria com Ronaldo Censi Faria, docente no Departamento de Química da UFSCar.
Cominetti conta que os procedimentos atuais para detecção de Alzheimer incluem exames de imagem (ressonância magnética) e outros que avaliam o líquido cefalorraquidiano (liquor). A proposta da pesquisa atual é validar um biomarcador sanguíneo que precisa apenas de uma coleta de sangue do paciente, sendo menos invasivo e de menor custo.Um dos biomarcadores de sangue que podem indicar a presença de Alzheimer é a proteína ADAM10, analisada na pesquisa da UFSCar. Marcia Cominetti expõe que "esses biomarcadores podem estar alterados em pessoas que ainda não têm sintomas da doença, já que ela inicia no cérebro até 20 anos antes dos sintomas clínicos", reforçando a importância do diagnóstico precoce e o quanto isso é fundamental para intervenções que possam retardar a progressão da doença.
Além disso, um segmento da pesquisa quer avaliar como é a sobrecarga do cuidador da pessoa que tem demência. Por esse motivo, a equipe também está recrutando cuidadores. Todos os participantes passarão por avaliação de saúde composta por coleta de sangue para análise bioquímica e avaliações cognitivas e funcionais. Para maior conforto das pessoas participantes, as coletas de sangue serão realizadas em domicílio por equipe especializada. As demais avaliações serão realizadas por profissionais capacitados, no LABEN, que fica no Departamento de Gerontologia, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.
Para desenvolver o estudo de validação de biomarcadores, a equipe está recrutando homens e mulheres, a partir dos 60 anos, que sejam saudáveis (sem queixa relacionada à memória) ou que tenham as queixas ou um diagnóstico de demência da doença de Alzheimer. Além disso, como registrado, são convidados à participação cuidadores de pessoas com demência. As pessoas interessadas devem entrar em contato pelo e-mail laben.alzheimer@gmail.com ou pelo telefone/WhatsApp (16) 99183-2461.
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 64200522.5.0000.5504).

Alzheimer
O Alzheimer é o tipo de demência mais comum, correspondendo a cerca de 70% dos casos de demência e afeta, principalmente, pessoas idosas, causando perda progressiva da memória, além de dificuldades na realização de atividades diárias. Alguns sintomas podem sinalizar um declínio da cognição e indicam a necessidade de avaliação especializada. Dentre eles, estão: repetir várias vezes o mesmo assunto ou história; esquecer com frequência de eventos recentes, compromissos ou atividades diárias; ter dificuldades em encontrar palavras para expressar pensamentos ou seguir uma conversa; mudanças de humor repentinas ou intensas; perda do interesse em atividades que antes eram prazerosas; se perder durante caminhadas em lugares já conhecidos; e dificuldade de planejar e organizar tarefas que antes eram simples.

anexos:

Método pesquisado é menos invasivo e de menor custo (Imagem: Pixabay)
Contato para esta matéria: Gisele Bicaletto  Telefone: (16) 33066595  
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