2025-06-24 10:18:35.0
Osteoartrite de joelho é tema de pesquisa da UFSCar
Estudo traduz para o Português questionário internacional que pode apoiar estratégias de tratamento de pacientes com o problema
Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo contribuir com um novo instrumento para avaliação de crenças que podem interferir no tratamento da osteoartrite de joelho e, assim, aprimorar a abordagem terapêutica na Fisioterapia. O estudo é conduzido pela mestranda Maria Gabriela Pereira Miranda, sob orientação de Thais Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade.
O estudo fará a adaptação transcultural e análise de propriedades de medida do questionário internacional Osteoarthritis Conceptualisation Questionnaire (OACQ), que avalia o conhecimento (o que você sabe), crenças (o que você acredita) e/ou expectativas (o que você espera) sobre a osteoartrite de joelho, de pacientes. "Esta versão em português brasileiro é importante pois ainda não existe um questionário que avalie esses aspectos na osteoartrite de joelho", pontua a pesquisadora.
De acordo com Miranda, a osteoartrite de joelho, mais conhecida como artrose ou desgaste do joelho, está entre as doenças musculoesqueléticas mais prevalentes no Brasil, causando limitações funcionais que impactam diretamente a vida profissional e social dos indivíduos. Segundo o Global Burden of Disease, a artrose de joelho é a forma mais comum de osteoartrite em nível global, correspondendo a 60,6% dos casos de osteoartrite diagnosticados em 2019, seguido pela mão e quadril. A incidência do problema é atribuída ao envelhecimento global, inflamação generalizada de baixa intensidade e um número crescente de lesões articulares.
O diagnóstico da osteoartrite de joelho é inicialmente clínico, baseado em sintomas como dor, rigidez e limitações funcionais, através de um exame físico que avalia crepitação (barulho como um estalo na articulação), dor e restrição de mobilidade. De acordo com a mestranda, os dados desta pesquisa poderão contribuir para melhorar o atendimento e o conhecimento sobre a osteoartrite de joelho. "Profissionais de saúde poderão, no futuro, entender melhor as crenças e dúvidas dos pacientes sobre a condição, o que ajudará a desenvolver estratégias de tratamento mais adequadas e personalizadas", destaca Miranda. Além disso, os participantes da pesquisa poderão entender melhor suas crenças sobre a osteoartrite de joelho e também receberão orientações de exercícios que ajudam na melhora da dor.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas a partir de 40 anos, que tenham dor no joelho há mais de três meses e que não tenham realizado cirurgia nesta articulação. Os participantes farão uma visita ao laboratório para responderem ao questionário e serão avaliados através de testes físicos. A visita terá duração de 1h30, no Laboratório de Pesquisa sobre Movimento e Dor (LabMovDor), que fica no DFisio, na área Norte do Campus São Carlos. Ao final da pesquisa, os voluntários receberão relatório sobre sua condição, além de orientações.
Pessoas interessadas em participar, podem preencher este formulário (https://bit.ly/44e7hlN) ou entrar em contato pelos telefones/whatsApp (16) 99600-5480 e (17) 98150-1032 até o mês de outubro. Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética da UFSCar (CAAE: 845724248.00005504).
Contato para esta matéria:
Gisele Bicaletto Telefone: (16) 33066595
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