Projeto da UFSCar oferece horta terapêutica para idosos com demência e seus cuidadores
Além do bem-estar e da convivência, iniciativa estimula sentidos e o despertar de memórias
O Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove uma atividade de extensão voltada a pessoas idosas com demência e seus cuidadores em torno do plantio e cultivo de temperos e ervas. Mais do que jardinagem, a Horta Terapêutica cria um espaço de convivência e bem-estar, estimulando sentidos e, consequentemente, a cognição. Quatro famílias (idosos e seus cuidadores) iniciaram as atividades do projeto, em uma edição piloto, nos meses de agosto e setembro, participando de encontros para experimentar os benefícios da atividade em um ambiente colaborativo e acolhedor.
O projeto é coordenado pelos professores do DGero Marcia Cominetti, Aline Gratão e Lucas Pelegrini. "O contato com a natureza favorece o despertar de memórias, o exercício de habilidades, a redução da ansiedade e a vivência de momentos de alegria", descreve Cominetti sobre os benefícios da Horta.
O projeto desloca o foco da doença - de remédios e de cenários medicalizados - e se volta para a pessoa que vive com Alzheimer e seu cuidador, abordando aspectos emocionais e da vida em comunidade. "Conseguimos dar à essa pessoa, e também ao seu cuidador, novas possibilidades de ser cuidado e de cuidar. É importante lembrar que, além da pessoa que vive com demência, os cuidadores precisam de opções que ofereçam experiências significativas. Atividades como mexer na terra, plantar, sentir os aromas das ervas e temperos, ou ainda decorar e pintar as jardineiras, representam uma oportunidade ímpar porque colocam os idosos como protagonistas", complementa a docente.
"Procuro curtir da melhor maneira esses momentos. Estamos felizes participando do seu projeto e meu hortelã está lindo", comemora Maria Auxiliadora, 62 anos, esposa e cuidadora do Sr. Silvino, que convive com a Doença de Alzheimer há mais de 10 anos. Outra participante da Horta Terapêutica também levou um vaso para casa e se mostra contente em participar da iniciativa. "Agradeço muito por nos chamar para o projeto. É sempre um prazer estarmos juntos", conta Jane, de 76 anos, esposa e cuidadora do Sr. Alfeu, que tem demência há seis anos.
No Brasil, cerca de 8,5% das pessoas com 60 anos ou mais vivem com demência, o que representa aproximadamente 1,8 milhão de pessoas idosas. De acordo com Cominetti, as projeções nacionais são preocupantes: esse total pode subir para 5,7 milhões até 2050, caso o envelhecimento populacional e os fatores de risco não sejam adequadamente enfrentados. Diante desse cenário, pesquisas e projetos voltados à qualidade de vida e ao bem-estar da pessoa idosa são importantes para qualificar o atendimento a esse público.
Um próximo encontro da Horta Terapêutica marcará o encerramento da edição piloto e a equipe já planeja uma nova oferta da atividade.
O projeto é coordenado pelos professores do DGero Marcia Cominetti, Aline Gratão e Lucas Pelegrini. "O contato com a natureza favorece o despertar de memórias, o exercício de habilidades, a redução da ansiedade e a vivência de momentos de alegria", descreve Cominetti sobre os benefícios da Horta.
O projeto desloca o foco da doença - de remédios e de cenários medicalizados - e se volta para a pessoa que vive com Alzheimer e seu cuidador, abordando aspectos emocionais e da vida em comunidade. "Conseguimos dar à essa pessoa, e também ao seu cuidador, novas possibilidades de ser cuidado e de cuidar. É importante lembrar que, além da pessoa que vive com demência, os cuidadores precisam de opções que ofereçam experiências significativas. Atividades como mexer na terra, plantar, sentir os aromas das ervas e temperos, ou ainda decorar e pintar as jardineiras, representam uma oportunidade ímpar porque colocam os idosos como protagonistas", complementa a docente.
"Procuro curtir da melhor maneira esses momentos. Estamos felizes participando do seu projeto e meu hortelã está lindo", comemora Maria Auxiliadora, 62 anos, esposa e cuidadora do Sr. Silvino, que convive com a Doença de Alzheimer há mais de 10 anos. Outra participante da Horta Terapêutica também levou um vaso para casa e se mostra contente em participar da iniciativa. "Agradeço muito por nos chamar para o projeto. É sempre um prazer estarmos juntos", conta Jane, de 76 anos, esposa e cuidadora do Sr. Alfeu, que tem demência há seis anos.
No Brasil, cerca de 8,5% das pessoas com 60 anos ou mais vivem com demência, o que representa aproximadamente 1,8 milhão de pessoas idosas. De acordo com Cominetti, as projeções nacionais são preocupantes: esse total pode subir para 5,7 milhões até 2050, caso o envelhecimento populacional e os fatores de risco não sejam adequadamente enfrentados. Diante desse cenário, pesquisas e projetos voltados à qualidade de vida e ao bem-estar da pessoa idosa são importantes para qualificar o atendimento a esse público.
Um próximo encontro da Horta Terapêutica marcará o encerramento da edição piloto e a equipe já planeja uma nova oferta da atividade.
Contato para esta matéria: Gisele Bicaletto Telefone: (16) 33066595
« voltar
