UFSCar e escola estadual realizam estudo sobre memória negra em Sorocaba
Ação do Pibid/UFSCar aproximou teoria e prática para a valorização da história e cultura afro-brasileira
No último dia 2 de outubro, estudantes do 9º ano da Escola Estadual "Professor Altamir Gonçalves", de Sorocaba, participaram do Estudo do Meio "Espaço e Memória do Negro em Sorocaba", uma atividade que integrou a Trilha Antirracista da área de Ciências Humanas. A ação foi realizada em parceria com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) - Geografia, do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob coordenação da professora Edelci Nunes da Silva, do Departamento de Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), e dos professores Erik Armando de Queiroz e Gabriela Luisa Godinho, da escola estadual. A atividade teve o apoio da Diretoria do Campus Sorocaba e do Centro de Ciências Humanas e Biológicas (CCHB) da Universidade.
Memória e representatividade nos espaços da cidade
O Estudo do Meio teve como objetivo compreender os territórios e as territorialidades da população negra em Sorocaba, a partir da visita a espaços de memória e representatividade histórica. Os estudantes percorreram o centro urbano da cidade e visitaram locais emblemáticos, como a Capela João de Camargo, o bairro Vila Leão, o Pelourinho, o Clube 28 de Setembro e a escultura da Mãe Preta, situados em áreas centrais e marcados pela presença e resistência da população afro-brasileira.
"A atividade buscou contribuir com o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, em consonância com as diretrizes da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER). Essas ações são essenciais para promover práticas pedagógicas que valorizem a diversidade cultural, combatam o racismo e fortaleçam uma sociedade mais justa e igualitária", aponta a docente da UFSCar.
Participaram da ação 35 alunos do 9º ano, além de oito estudantes do curso de Geografia da UFSCar e bolsistas do Pibid. A experiência possibilitou a aproximação entre teoria e prática, estimulando a reflexão sobre a importância da memória coletiva e da valorização da cultura negra.
"O trabalho de campo permitiu que os alunos compreendessem conceitos geográficos por meio da análise direta do território. O interesse e o envolvimento dos estudantes foram notáveis, e muitos compartilharam relatos pessoais relacionados aos espaços visitados", afirma a professora Gabriela Godinho.
Durante as aulas seguintes, foi realizada uma roda de conversa em que os alunos expressaram suas percepções sobre a experiência. Na ocasião, o estudante Gabriel, do 9º ano A, destacou: "A visita me fez refletir sobre a história de luta e resistência do povo negro, que mesmo enfrentando a escravidão e a desigualdade, ajudou a construir a base cultural e social do nosso País". Já para Mirella, do 9º B, o estudo ajudou a compreender "as dificuldades e preconceitos vividos pela população negra em Sorocaba e sua importância na construção da cidade".
Descolonizar o pensamento e valorizar saberes
O professor Erik Armando de Queiroz destaca a relevância pedagógica da saída de campo e a necessidade de refletir sobre os processos históricos de apagamento cultural: "Essas lutas não podem ser ignoradas, sob o risco de reproduzirmos o epistemicídio - a negação da legitimidade dos sistemas de conhecimento de grupos historicamente excluídos. Refletir sobre isso é essencial para descolonizar o pensamento e promover uma educação que reconheça todas as vozes que constroem o nosso País".
Para os bolsistas do Pibid, a atividade também representou uma oportunidade de formação prática. A professora Edelci Nunes da Silva ressalta que o Estudo do Meio é uma metodologia que aproxima o futuro professor da realidade social, permitindo atuar como autor do conhecimento com autonomia e senso crítico.
"Diversificar os ambientes de aprendizagem amplia o engajamento, a curiosidade e a percepção dos estudantes. Mais do que uma atividade escolar, foi uma vivência de cidadania e reconhecimento da história que compõe a cidade e o País", conclui Silva.
O Estudo do Meio teve como objetivo compreender os territórios e as territorialidades da população negra em Sorocaba, a partir da visita a espaços de memória e representatividade histórica. Os estudantes percorreram o centro urbano da cidade e visitaram locais emblemáticos, como a Capela João de Camargo, o bairro Vila Leão, o Pelourinho, o Clube 28 de Setembro e a escultura da Mãe Preta, situados em áreas centrais e marcados pela presença e resistência da população afro-brasileira.
"A atividade buscou contribuir com o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, em consonância com as diretrizes da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER). Essas ações são essenciais para promover práticas pedagógicas que valorizem a diversidade cultural, combatam o racismo e fortaleçam uma sociedade mais justa e igualitária", aponta a docente da UFSCar.
Participaram da ação 35 alunos do 9º ano, além de oito estudantes do curso de Geografia da UFSCar e bolsistas do Pibid. A experiência possibilitou a aproximação entre teoria e prática, estimulando a reflexão sobre a importância da memória coletiva e da valorização da cultura negra.
"O trabalho de campo permitiu que os alunos compreendessem conceitos geográficos por meio da análise direta do território. O interesse e o envolvimento dos estudantes foram notáveis, e muitos compartilharam relatos pessoais relacionados aos espaços visitados", afirma a professora Gabriela Godinho.
Durante as aulas seguintes, foi realizada uma roda de conversa em que os alunos expressaram suas percepções sobre a experiência. Na ocasião, o estudante Gabriel, do 9º ano A, destacou: "A visita me fez refletir sobre a história de luta e resistência do povo negro, que mesmo enfrentando a escravidão e a desigualdade, ajudou a construir a base cultural e social do nosso País". Já para Mirella, do 9º B, o estudo ajudou a compreender "as dificuldades e preconceitos vividos pela população negra em Sorocaba e sua importância na construção da cidade".
O professor Erik Armando de Queiroz destaca a relevância pedagógica da saída de campo e a necessidade de refletir sobre os processos históricos de apagamento cultural: "Essas lutas não podem ser ignoradas, sob o risco de reproduzirmos o epistemicídio - a negação da legitimidade dos sistemas de conhecimento de grupos historicamente excluídos. Refletir sobre isso é essencial para descolonizar o pensamento e promover uma educação que reconheça todas as vozes que constroem o nosso País".
Para os bolsistas do Pibid, a atividade também representou uma oportunidade de formação prática. A professora Edelci Nunes da Silva ressalta que o Estudo do Meio é uma metodologia que aproxima o futuro professor da realidade social, permitindo atuar como autor do conhecimento com autonomia e senso crítico.
"Diversificar os ambientes de aprendizagem amplia o engajamento, a curiosidade e a percepção dos estudantes. Mais do que uma atividade escolar, foi uma vivência de cidadania e reconhecimento da história que compõe a cidade e o País", conclui Silva.
Contato para esta matéria: João Eduardo Justi Telefone: (16) 981587168
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